domingo, julho 20, 2025

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Superman 2025: a few thoughts. This movie, and the predominantly enthusiastic reactions of most fans and critics, make...

Publicado por Jon Bogdanove em Quinta-feira, 17 de julho de 2025


“Superman 2025: algumas reflexões.

Este filme, e as reações predominantemente entusiasmadas da maioria dos fãs e críticos, me fazem sentir como se o mundo estivesse acordando para algumas coisas que venho torcendo por toda a minha vida adulta.

O segundo filme de Salkynd — no qual o Superman de Christopher Reeve transa com Lois e, em seguida, viola mentalmente a memória dela, e então se esforça para visitar um restaurante aleatório no Alasca especificamente para espancar um bully petulante que o perseguiu antes, quando ele não tinha seus poderes — me fez levantar da minha cadeira em um cinema lotado de Nova York e gritar: ‘O Superman jamais faria isso!!’. Tenho estado em uma busca sagrada desde então. Cada linha que desenhei sobre o personagem, cada palavra que disse ou escrevi sobre o Superman, em quadrinhos, entrevistas, painéis de convenções ou em discursos na mídia, foi para propagar uma compreensão do personagem fiel ao criador e fiel aos quadrinhos.

Sejamos francos, desde a interpretação da ‘Geração Eu’ dos Salkynds em suas sequências pós-Donner, o histórico de Hollywood em adaptações do Superman tem sido péssimo. Seja o Superman ‘pai ausente’ de Bryan Singer em Superman - O Retorno, ou o desperdício objetivista e sombriamente randiano do potencial de Henry Cavill por David Goyer e Zack Snyder, não houve um grande Superman cinematográfico que chegasse perto de compreender o que o Superman realmente é. Até agora.

Judy e eu acabamos de assistir ao Superman de James Gunn, e eu não posso recomendá-lo o suficiente. É de longe a melhor e mais fiel versão cinematográfica do Superman desde 1978 — e talvez de todos os tempos. Independentemente do que você pense da obsessão de James Gunn com os elementos bizarros e bobos da Era de Prata da DC — e há muito disso neste filme —, mesmo que você odeie essas coisas bobas — você vai adorar este filme! Você vai adorar porque eles finalmente acertaram o caráter, a personalidade e a motivação do Superman! James Gunn entendeu. Ele entende o que o Superman representa, tematicamente, e o que o motiva, pessoalmente. Apesar dos elementos da Era de Prata — que, aliás, na minha opinião, Gunn resgata e atualiza de forma bastante charmosa — Gunn parece ter baseado sua versão no Superman da nossa ‘Era do Triângulo’. Assim como a nossa versão, o Superman de Gunn é um terráqueo humano de ascendência alienígena, em vez de um alienígena se passando por homem.

Desapareceu o alienígena divino entre os mortais indignos que o próprio David Goyer admitiu odiar. Desapareceu o kryptoniano isolado que se disfarça como uma paródia divina de nós, humanos desajeitados. Desapareceram os pais Kent que insistiam para que Clark deixasse que crianças que lotavam um ônibus morressem e o ensinavam que ele ‘não deve nada a este mundo’. Desapareceram as brigas em uma cidade lotada, sem pensar nas milhões de vidas perdidas como efeito colateral. Desapareceu o perplexo Kal-El, que vagava em busca de ‘se encontrar’, e que deve receber sua missão da projeção fantasmagórica de seu falecido pai biológico alienígena, em vez de seus próprios valores e empatia.

O Superman de Gunn escolhe sua própria missão — que é, acima de tudo, ser um protetor. A primeira e última preocupação deste Superman é proteger e defender toda a vida — desde os inocentes transeuntes na rua, a um cachorrinho à sombra da pata de um monstro, até mesmo o próprio kaiju furioso. Este Superman é gentil!

Longe de ser um alienígena divino disfarçado de humano, o Superman de Gunn (como o nosso) é um terráqueo naturalizado. Ele é um de nós — um trabalhador comum que — como a maioria das pessoas — só quer ajudar seus companheiros terráqueos em necessidade ou perigo e fazer o que puder para tornar o mundo um lugar melhor. Ele personifica o melhor da natureza humana e a essência da bondade humana normal. Em outras palavras, apenas um homem normal e bom. Ele representa o melhor de nós — só que super.

O verdadeiro superpoder do Superman de Gunn — como o nosso na era do triângulo — é a sua compaixão. O que o torna o Superman — em vez de apenas mais um super-herói — é o seu coração. É a fantasia de poder juvenil prototípica — mas fundamentalmente altruísta. Não é apenas ‘O que eu poderia fazer se tivesse todos esses poderes?’. É ‘O que eu poderia fazer pelos outros se tivesse todos esses poderes?’. O Superman é um cara legal. Talvez O cara legal. Ele nos faz querer crescer e ser um cara legal também!

Na minha opinião, Jim Gunn pode brincar com toda a bagagem boba da Era de Prata que quiser, desde que se mantenha fiel a ela!”

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