quinta-feira, janeiro 12, 2023
O José, o Vândalo e a Phelpa
“Eu tinha arrumado uma guitarra Phelpa, uma guitarra que me quebrou o maior galho, era ruim demais, mas eu comecei a tocar. Da Barreira do Vasco, passei pela Praça Mauá, fui descendo na Rio Branco, desci tudo e fui parar em Copacabana. Eu toquei, praticamente, em tudo quanto era puteiro, da Barreira do Vasco a Copacabana.”
Odair José, em entrevista no livro Pavões Misteriosos: A Explosão da Música Pop no Brasil 1974-1983, de André Barcinski.
“Minha mãe e meu pai nunca me ajudaram, minha guitarra, pra entrar em casa, minha mãe quase me expulsou de casa, minha mãe tinha proibido a guitarra de entrar. Aí, a gente tentou convencer meu pai a dar a guitarra: ‘Pô, pai, dá a guitarra aí.’ Ele falou: ‘Se eu te der a guitarra tua mãe vai falar pra caralho, tua mãe é chata pra caralho [risos], não faz isso.’ Eu falei: ‘Pô, pai, dá aí.’ E ele não quis dar. Então, eu tive que comprar uma guitarra de quinta mão, uma guitarra dos anos sessenta, uma Phelpa Apache. A Phelpa Apache tinha interruptor de luz como botão. Sabe aquele que brilha no escuro [risos]? Eu esbarrava e desligava o captador, eu ficava o tempo todo batendo no botão. ‘Caralho, fodeu [risos]!’ A placa era rosa e a guitarra era de madeira rosa, preta, vermelha e verde [risos]”.
Carlos "Vândalo" Lopes, "o" Dorsal Atlântica, em entrevista para a Rock Brigade (agosto/2005).
@Sforcin
Não seria interessante se a Phelpa que Carlos Vândalo usou para cunhar hinos do thrash nacional como "Guerrilha" e "Morte aos Falsos" fosse a mesmíssima Phelpa utilizada 15 anos antes por Odair José em pepitas do brega romântico como "Vou Acabar Esquecendo Você" e "Sua Cartinha"?
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